Bom dia!
Certamente você já ouviu falar em teste de mechas. Mas quero te perguntar, é algo que você realiza em todos os procedimentos? Qual é o nível de importância que esse procedimento tem no seu trabalho?
Você atende a cliente há bastante tempo, e ela por algum tempo andou sumida e agora voltou querendo fazer mechas, ou é a primeira vez que você vai atendê-la.
E agora, faço ou não o teste?
Como agir? Devemos conduzir o trabalho com toda cautela, a fim de que este não cause qualquer tipo de problema.
O primeiro passo é ouvir a cliente, procure saber o que ela usou e fez no cabelo durante o tempo que passou fora no seu salão.
Para a cliente nova devemos perguntar quais foram as químicas usadas, se descoloriu, depois se arrependeu e escureceu, se fez relaxamento com Tilglicolato de Amônia, Guanidina ou Hidróxido de Sódio?
Vale perguntar se fez Escova Progressiva (muitas vezes ao perguntar, ela nega). Na maior parte das vezes a cliente não tem informação técnica de que BTX, selagem, escova marroquina, ou variações também são Escovas Progressivas.
No mercado também são comercializados produtos que são usados em associação com água como; Henna, os famosos “alisa e tinge”, entre outros. Essas químicas não são compatíveis com amônia, ao acontecer o encontro entre as químicas pode ocorrer um super aquecimento, neste momento a fibra capilar pode se romper e causar a perda dos fios.
Nessa conversa com a cliente ela irá se abrir...
E se ela mentir???
Não confie só na palavra!
Quem dará o aval para que o trabalho seja realizado é o cabelo, certo? Por isso, ali mesmo durante a conversa, convide-a para lavar o cabelo, dessa maneira percebermos a elasticidade do fio. O cabelo seco pode aparentar resistência, mas ao molhar, desfaz-se as pontes de hidrogênio que fazem parte do fio.
Se puxarmos uma mecha molhada e esse fio ficar elástico (tipo uma molinha) você já sabe que esse cabelo não está apto a uma descoloração.
Na sequência, leve a cliente para cadeira, seque o cabelo e faça o teste de mechas (dê preferência em 3 pontos diferentes – Nuca, Orelhas e Franja).
Nesse teste você entenderá o tempo que o cabelo irá resistir ao pó descolorante, e se vai chegar ao fundo de clareamento ideal para entregar a cor desejada, além disso ficará perceptível o nível de saúde dos fios.
Como exemplo: com 50 minutos aproximadamente, se o cabelo começar a ficar sensível, você saberá que irá precisar de 40 minutos ou menos para tirar os papéis, e assim já ter atingido o fundo de clareamento necessário para entregar a cor de desejo.
Você deverá contar o tempo de ação do produto, assim que colocar a mistura no cabelo e não depois da cabeça montada. Defina a técnica que vai usar, de acordo com o desejo final da sua cliente.
Na hora de realizar o processo, comece com um oxidante de baixa volumagem, para ter mais tempo para trabalhar as mechas, assim não precisará parar a todo instante para verificar a resistência do fio.
Vale salientar, que após todo procedimento químico, é necessário fazer a reposição de queratina, através de uma reconstrução.
No trabalho dessa semana, o desejo da cliente era um loiro platinado. Primeiramente realizei o teste de mechas, e o resultada deste foi bastante satisfatório.
Optei por mechas eriçadas, no papel. Alcancei o fundo de clareamento 9. Foi utilizado o pó descolorante Hi Blond com oxidante de 8 volumes, na proporção de um para dois.
Para a tonalização escolhi o tonalizante 9/89 Radiance Plus, com oxidante de 8 volumes, na proporção de um para dois, com uma pausa de 20 minutos.
E para finalizar realizei a reconstrução dos fios com o kit Resistance, o que garantiu um platinado resistente, com balanço e super brilho.
Vem conhecer! Vem pro mundo Sollér!
Juliana Oriani
Embaixadora técnica Sollér Brasil
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